A abdução é um fenômeno tão presente na sociedade moderna que uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, em 2002, pelo instituto Roper, aponta que mais de três milhões de pessoas acreditam terem sido sequestradas por alienígenas.Abdução, ato de raptar ou sequestrar um indivíduo, é um aspecto da casuística ufológica que continua a intrigar pesquisadores. Há muitas dúvidas e poucas evidências sobre o fato. Entretanto, muitos casos, por tornarem-se cada vez mais sólidos com o passar do tempo são motivos de pesquisas intermináveis.
Ao longo das décadas, tem sido divulgado no meio ufológico brasileiro que o primeiro caso de abdução no país seria o caso Vilas Boas, ocorrido em 1957, no município de São Francisco de Sales (Minas Gerais).
Contudo, há uma história de abdução mais antiga, acontecida antes de 1947, época em que os discos voadores ficaram conhecidos, principalmente com a queda de uma nave em Roswell, Novo México.
Esse caso insólito ocorreu em 1931, na cidade de Campinas (São Paulo), e foi divulgado pela imprensa da época, que evidenciou diversos aspectos sólidos da abdução.
A Abdução
José Florêncio, o primeiro brasileiro a ser levado a uma nave extraterrestre, relata que o episódio teve início na Rua Sampaio Peixoto, bairro Cambuí, cidade de Campinas (São Paulo).
Florêncio lembra que na época tinha oito anos de idade quando jogou futebol com os amigos até as 17 horas. Ele conta que quando voltava para casa, localizada na chácara Júlio Vitorino, percebeu que um ovni de cor chumbo, com um ruído semelhante ao motor de uma geladeira, surgiu no céu.
Segundo ele, quando o ovni veio em sua direção, Florêncio , assustado, começou a correr. No entanto, apesar de ter se movimentado em velocidade, quando se deu conta o objeto voador não identificado estava a um metro dele, próximo ao chão. Nesse momento Florêncio recorda ter tido o primeiro contato com seres de outras galáxias. “A porta se abriu e rápido um deles me tocou no ombro e me apanhou. Quando vi já estava na porta, a porta estava aberta para dentro do disco e tinha um tripulante com capacete de cada lado da porta, além do que estava comigo”, relata, ao recordar que começou a gritar com objetivo de ser salvo. “Não tinha ninguém para me salvar, fiquei a mercê deles”, revela.
O abduzido comenta que os extraterrestres tinham aproximadamente 1m60cm de altura, a pele era morena, os olhos azuis, a boca pequena e o rosto fino, além de os cabelos serem loiros.
José Florêncio acrescenta que os aliens não possuíam pelos, e as roupas, luvas e capacetes (com antenas) eram de tonalidade verde-oliva- cintilantes. As botas eram escuras. Ele noticiou que a comunicação praticamente não existia de forma verbal e se dava por meio de mímica.
Florêncio recorda o trauma sofrido na abdução. Ele destaca que dentro da nave entrou em pânico e chorou copiosamente. O abduzido conta que a porta de dentro da espaçonave era trancada por uma espécie de escotilha semelhante às escotilhas dos submarinos, e que o piso era xadrez. “Quadradinho e feito de metal, amarelinho, amarelinho, brilhava muito”, relembra.
Ele reporta que foi levado à frente do ovni onde pode visualizar alguns componentes que se assemelhavam a sala de controle do objeto. Florêncio enfatiza que os estranhos visitantes apresentaram-no o ambiente. “Ele tirou a máscara e me levou à frente do aparelho, onde havia um painel. Não tinha volante. Tinha alavancas e diversas luzes vermelhas, verdes, amarelas e roxas”, observa.
O homem fala que havia luzes semelhantes a pisca-pisca que alternavam as cores do amarelo para o vermelho e o verde. “Em frente ao painel havia outro ser, era uma mulher e ela dirigia aquela coisa (nave). Ela tirou o capacete e tocou no meu rosto com a mão na tentativa de me acalmar”, confidenciou o abduzido.
Ele comenta que foi levado à parte de trás do ovni, onde os aliens fizeram diversos exames clínicos em seu corpo. “Tirei a camisa e o chefão ajudou-me a desabotoá-la. Ele colocou uma toalha gelada nas minhas costas e me examinou, inclusive o coração, os olhos e abriu a minha boca”, constata, ao reportar que depois dos exames arrumou as calças e teve ajuda de um dos seres para abotoar a camisa.
Após ser examinado, José Florêncio, com oito anos na época, comenta que foi levado a um buraco na parede, naquele instante ele confidencia que o comandante da nave instalou os dedos e na mesma hora surgiram duas faixas que prenderam Florêncio na cabeça e pela cintura. “Só conseguia mexer os olhos, os braços e os pés. Mas não conseguia sair dali”, diz.
O abduzido relata que, do local onde estava parcialmente imobilizado, era possível olhar através de uma janela. “Em certo momento notei que o comandante estalou os dedos novamente e um outro ser pegou um vasilhame cor de chumbo, que estava na parede e, após erguer uma espécie de tampa no centro do objeto, despejou um líquido metálico de cor escura. Foi então que a nave começou a voar produzindo um ruído característico”, fala Florêncio, que acrescenta lembrar-se de voar por cima do Departamento de Água e esgoto de Campinas. “Depois fomos para a olaria que ficava na Rua Lopes Trovão”, conta.
Passado um tempo que a vítima não soube precisar, ele alega ter sido solto e levado ao mesmo local da captura. O abduzido reporta que foi devolvido pelo líder dos alienígenas. “Ele me deu uns tapinhas no ombro, como quem diz: pode ir embora”, lembra Florêncio, que ressaltou ter corrido, mas que na sequência se tranquilizou . “Fui andando e uma luz focava em mim durante o meu caminho até chegar em casa”, diz.
Conforme a vítima, após ser deixado pela nave, ele pode observar melhor o formato da espaçonave que, segundo Florêncio, tinha a estrutura iluminada com luzes azuladas que piscavam ao mesmo tempo, e na cúpula havia uma luz vermelha. Quando partiu, o ovni produziu o característico som de um motor de geladeira.
Lapso de tempo
Ao chegar à residência o homem constatou que era madrugada, mais precisamente uma hora da manhã, e ele estava retornando para casa às 17 horas, quando foi abduzido. Seus pais estavam desesperados com o sumiço (lembre-se que ele tinha oito anos na época). Florêncio argumenta que contou o motivo de seu desaparecimento aos pais, que acreditavam que o filho estivesse enlouquecendo. “Disse para meu pai que estava numa coisa e tomei umas palmadas deles. Depois fui dormir, pois estava nervoso”, conta.
No dia seguinte, Florêncio lembra que algumas feridas começaram a aparecer em seu corpo, na região do ombro para baixo, semelhantes a picadas de insetos, além do aparecimento de frieiras nós pés. Como a mãe do homem trabalhava num hospital de Campinas, ele acabou sendo internado para cuidar dos ferimentos.
Os médicos que o atenderam, doutor Roldão e doutor Toledo, trataram o abduzido com vermífugo e outros medicamentos. Ele ficou internado durante um mês e meio. Atualmente, José Florêncio acredita que a doença surgiu devido ao contato com os alienígenas.
Essa abdução, ocorrida em 1931, foi o primeiro caso do rapto de um brasileiro por seres extraterrestres. Florêncio tem convicção de ter sido sequestrado. Seu depoimento permanece praticamente o mesmo por décadas








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